Códigos de barras bidimensionais ganham força em todo mundo

A relação dos consumidores com os produtos está em processo de evolução no dia a dia. Cada vez mais exigentes e preocupados com a procedência do que levam para casa, eles têm na leitura do código bidimensional (2D) um aliado para obter todas as informações dos itens no varejo, incluindo alimentos frescos como frutas, legumes e verduras. Uma das pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com os consumidores no país constatou que 46% deles consideram informações sobre procedência e origem dos alimentos muito importantes para decidir pela compra.

A migração gradual do código de barras linear para o bidimensional já é parte do resultado do programa Global Migration to 2D, lançado pela GS1 no fim de 2020 e que foi bem recebido em mais de 20 países, incluindo China, EUA, Austrália e Brasil. Por aqui, a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil e outras entidades ligadas ao grande varejo lançaram campanhas para incentivar o uso do código bidimensional, que é acessado por um simples toque na tela dos smartphones ou leitores dos pontos de venda.

Avanço na China

Um novo projeto da GS1 China e da Administração da Província de Zhejiang para Regulação do Mercado (Zhejiang AMR) implementará gradualmente o código de barra bidimensional (2D) para identificar milhões de produtos locais. Com população de 65 milhões de habitantes Zhejiang tem mais de 7.000 empresas que produzem alimentos e participarão deste projeto, além de 200 lojas da maior cadeia de varejo da província vão atualizar os sistemas de automação para fazer checkouts com códigos de barras 2D.

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A previsão é de que até o final de 2023 todos os produtos de 80% das empresas de alimentos de Zhejiang tenham códigos de barras 2D impressos nas embalagens. São inúmeros benefícios para consumidores, empresas e órgãos reguladores como, por exemplo, informações de procedência da matéria-prima, ingredientes, data de validade, garantia de qualidade, acesso ao SAC e outros dos produtores. Do ponto de vista das empresas envolvidas, facilita a inspeção eficiente dos fabricantes, a supervisão dos resultados de amostragem e os certificados de qualificação e desinfecção.

“Por quase cinco décadas, transformamos processos complexos em tarefas fáceis para o benefício de indústrias, consumidores e pacientes. Agora, com os códigos de barras 2D, estamos prontos para o próximo capítulo, construindo pontes cada vez mais fáceis de atravessar entre marcas, parceiros da cadeia de abastecimento e consumidores”, afirma Miguel Lopera, presidente e CEO da GS1.

Brasil

A Associação Brasileira de Autoamação-GS1 Brasil é a gestora dos códigos de barras dos produtos no País e está ligada à entidade global, presente em mais de 150 países, que torna o QR Code e o código de barras linear um padrão único para toda a cadeia de abastecimento. Com o novo padrão GS1 QR Code, todos os processos logísticos e de gestão da distribuição e do varejo se tornam mais precisos, ágeis e baratos para as empresas.

No mercado interno, a associação incentiva o uso dos códigos bidimensionais GS1 DataMatrix, que ganhou projeção no setor da saúde, e o 2D. Além disso, mantém parcerias com entidades que entenderam a oportunidade de desenvolvimento dos seus setores no processo de transição do código de barras linear para o 2D. São elas a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados-ABAD, Associação Brasileira de Supermercados-ABRAS, Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços-AFRAC, Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção-ANAMACO, Produce Marketing Association-PMA, Associação Brasileira de Embalagem-ABRE, Associação Brasileira das Indústrias e Setor de Sorvetes-ABIS, Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização-ABMAPRO.

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