O desafio da produção de embalagens primárias – como alinhar comunicação e segurança ao produto alimentício

Por Marlo Germer*

Marlo Germer, diretor presidente da Gráfica 43 S.A

Em consonância com a transformação digital e o comportamento do consumidor, a embalagem há muito tempo deixou de ser algo meramente funcional. Ela tem duas funções cada vezes mais importantes para as marcas, especialmente quando falamos de embalagens primárias, aquelas voltadas ao setor alimentício: proteger o alimento e apoiar na sua conservação, aliada às regras de vigilância sanitária cada vez mais exigentes; e ajudar no posicionamento de uma marca, atraindo o consumidor visualmente e através de uma experiência sensorial única.

Assim, o cuidado em todo o processo fabril e a criatividade devem andar lado a lado, garantindo perenidade e atratividade aos produtos.

Em relação ao primeiro quesito, é importante salientar que cada vez mais as marcas devem estar atentas aos seus fornecedores de embalagens. Certificações de qualidade, como a BRCGS Packaging Materials, por exemplo, atestam o cuidado do processo fabril. Neste aspecto, a gráfica precisa estar adequada em todas as etapas, com cuidados de acesso e manuseio muito semelhantes aos da própria indústria alimentícia.  A segurança do produto também exige o uso de embalagens com atmosfera modificada, visto que esse tipo de produção auxilia na conservação longeva do alimento.

A qualidade é também fator primordial, uma vez que pesquisas apontam que 30% de tudo o que é produzido não chega ao consumidor final por conta de deficiências na embalagem.

Matérias-primas diferenciadas e acabamentos de qualidade alinhados com a transformação digital e a sustentabilidade devem ser considerados. Atualmente já existem técnicas de impressão, como o cold foil, que proporcionam a aplicação de relevos e de acabamentos metálicos sem a necessidade do uso de plástico.

E é também neste ponto que a transformação digital tem um peso muito grande para garantir que embalagens primárias cumpram seu papel de conservação, ao mesmo tempo que atendam às exigências do novo consumidor. Produtos prontos para o consumo precisam de proteção para conservação, mas também de embalagens práticas, que permitam que o cliente usufrua do produto em qualquer lugar. Chocolates, lanches rápidos e até mesmo itens congelados como sorvetes e picolés, se enquadram neste quesito.

Assim, criatividade e inovação andam lado a lado, fazendo da embalagem um item estratégico para o posicionamento de uma marca e contribuindo para o reconhecimento de seu papel com a sociedade e o meio ambiente, além de atestar a qualidade do seu produto.

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