A Tetra Pak vai utilizar o polietileno de baixa densidade (PEBD) produzido a partir de cana-de-açúcar nas camadas protetoras de suas embalagens no Brasil. A Braskem vai fornecer o plástico “verde” I’m Green para a multinacional sueca a partir de 2014. O material derivado do etanol será utilizado inicialmente em duas das quatro camadas de plástico das embalagens cartonadas produzidas no Brasil. O plástico verde será utilizado nas películas externas das embalagens.
A mudança para o polietileno verde significará que 100% dos13 bilhões de embalagens da Tetra Pak produzidas no Brasil serão compostas por cerca de 82% de materiais provenientes de fontes renováveis.
Segundo Paulo Nigro, presidente da Tetra Pak Brasil, “o novo acordo com a Braskem é mais um passo para desenvolver uma embalagem 100% renovável, meta da empresa para 2020”. A Tetra Pak já utiliza desde 2011 no Brasil polietileno de alta densidade (PEAD) à base de etanol, fornecido pela Braskem, para produzir as tampas light cap (de rosca) de suas embalagens. No início deste mês, a companhia anunciou a disponibilidade global da tampa Lightcap produzida com o plástico verde.
A Braskem usará etanol derivado da cana-de-açúcar para produzir eteno, que depois será convertido em polietileno de baixa densidade, tendo exatamente as mesmas propriedades técnicas do polietileno produzido a partir de fontes fósseis. De acordo com o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, a previsão da petroquímica é de produzir aproximadamente 30 mil toneladas de PEBD por ano, sendo que 15 mil toneladas já estão comprometidos para a produção da Tetra Pak. “O restante será disponibilizado ao mercado de embalagens flexíveis”, explica Fadigas.