A fabricante de papel cartão Papirus acaba de completar 70 anos de atividades e anuncia a fase de conclusão do plano de investimentos de 30 milhões de reais para o período de 2017 a 2023. Assim, a empresa avança para alcançar a meta de 110 mil toneladas de capacidade produtiva, estabelecida para 2023, enquanto trabalha a plena carga para atender a demanda do mercado. Com uma atuação fortemente ancorada no uso de matérias-primas recicladas, a Papirus estuda a possibilidade de realizar um novo plano de expansão, voltada a um mercado que demanda cada vez mais produtos e embalagens sustentáveis e favorece o papel cartão como substituto de outros materiais.
Na contramão do mercado brasileiro de papel cartão, que registrou queda de 1,9% de janeiro a julho deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2021, segundo dados da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores (a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas), as vendas da Papirus até agosto acumulam alta de 9% no volume faturado no mercado interno, e de 7% no faturamento no mercado externo. “Investimos para elevar nossa capacidade e, dessa forma, criamos as condições para crescer em ambos os mercados, sem reduzir a oferta interna”, ressalta Amando Varella, co-CEO e diretor comercial e de marketing da Papirus.
Em 2023, a previsão é crescer de 10% a 12%, e já em setembro a empresa deve cumprir a meta de EBITDA orçada para todo o ano. “A perspectiva de demanda é positiva até dezembro, e acreditamos que seguirá favorável em 2023, sustentada pela busca crescente por produtos fabricados a partir de matérias-primas recicladas e que sejam substitutos de outros materiais, como plásticos”, ressalta Varella.
O executivo diz que a empresa deu a partida no planejamento estratégico visando promover o novo ciclo de crescimento da Papirus, em trabalho realizado com a consultoria Falconi. “Queremos seguir em posição de destaque no Brasil e na América Latina, e para isso vamos avaliar a expansão maior da nossa capacidade produtiva e a possibilidade de ingressarmos em novos mercados, sempre alinhados ao nosso DNA transformador, que marcou nossa trajetória até aqui e vai impulsionar os próximos 70 anos”, conclui Varella.