Cargill adota shrink produzido com plástico reciclado para o óleo Liza

A Cargill, que recentemente substituiu as caixas de papelão por shrink na linha de óleos Liza, agora passa a utilizar plástico reciclado pós-consumo (PCR) nessas embalagens secundárias. De acordo com a empresa, a decisão de trocar o material das embalagens secundárias está alinhada com os seus compromissos de sustentabilidade e foi tomada após a conclusão de um estudo de análise do ciclo de vida (ACV), em que foi comprovado que a mudança traria uma redução significativa no impacto ambiental.

O uso de shrinks com conteúdo PCR se deu após a ACV apontar melhor desempenho e minimização do impacto ao meio ambiente em comparação a outras possibilidades consideradas. Segundo a companhia, “além da oportunidade de negócios, a iniciativa fortalece ainda mais novos hábitos de consumo pós-pandêmicos pautados na responsabilidade socioambiental”.

Márcio Barela, coordenador de sustentabilidade da Cargill, afirma que “a mudança permitiu uma redução de 71% no consumo de água e 65% na emissão de gases do efeito estufa, se considerarmos um ano de transporte de produtos Liza”, ainda assim, a aposta em inovação permitiu o uso do shrink produzido com resinas recicladas através da parceria de dois outros grandes players do mercado, Lord Brasil e Dow.

A Lord passa a fornecer os shrinks com a linha de filmes sustentáveis Ecofilm produzidos com a resina Revoloop, desenvolvida pela Dow. “Cientes de que a indústria, principal propulsora da economia, precisa constantemente minimizar os impactos ao meio ambiente e manter a excelência na qualidade dos filmes, nosso maior desafio é gerar influência positiva a uma nova cultura de reaproveitamento dos materiais em novos ciclos”, afirma o presidente da Lord, Herman Moura.

A resina Revoloop, utilizado na produção do filme shrink, é produzida no Brasil através de uma parceria com a Boomera Ambipar. “Além do impacto ambiental, também tem um impacto social importante, já que contribui no fortalecimento e formalização do trabalho realizado pelos catadores que tiram dessa atividade o sustento de suas famílias”, diz Carolina Mantilla, diretora de sustentabilidade da Dow para a América Latina. Letícia Vanzetto, gerente de desenvolvimento de mercado da Dow, também destaca que “a colaboração entre os diferentes integrantes da cadeia de valor é parte fundamental para a implementação de iniciativas que tragam uma nova vida para os resíduos plásticos, fomentando a circularidade nessa cadeia”.

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