A Papirus realizou em parceria com a Polen, na terça-feira (17/5), o webinar “Do início ao reinício: a transparência na cadeia de reciclagem de papelcartão”,que contou com a participação de Carlos Mariotti, gerente de Relações Institucionais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); Amando Varella, Co-CEO e diretor Comercial e de Marketing da Papirus; Christian Króes, gerente de Produtos e Assistência Técnica da Papirus; e Renato Paquet, fundador e CEO da Polen.
O objetivo foi debater os desafios e caminhos para avançar com a reciclagem no Brasil, encontrando um modelo que atenda aos requisitos legais de logística reversa, previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tem sido um desafio para as empresas no Brasil
Mediador do encontro, Calos Mariotti destacou que a sustentabilidade da indústria brasileira de papel começa na produção de matéria-prima, e que 100% da fibra virgem de celulose provém de florestas plantadas. Isso significa que as árvores são plantadas, colhidas e replantadas para este fim, geralmente em áreas anteriormente degradadas. Ele também lembrou que dados de 2020 mostram que o consumo aparente de papel (excluindo-se o papel tissue e os papéis especiais) foi de cerca de sete milhões de toneladas, e, o consumo de aparas, de quase cinco milhões de toneladas, ou seja, 70,3% de todo o papel consumido no país foi reciclado.
Ouro ponto destacado por ele foi a PNRS que recentemente passou por uma atualização com anúncio do Programa Planares, que alterou as metas de porcentagem de embalagens recicladas por tipo de material, e o Programa Recicla+, que institucionalizou o Certificado de Créditos de Reciclagem.
Em processo avançado de implementação de uma estratégia de economia circular, a Papirus buscou uma solução de logística reversa que atendesse às necessidades dos brand owners. Amando Varella destacou a importância da transparência neste projeto realizado em parceria com a Polen, que certifica e cataloga informações referentes à rastreabilidade e origem dos materiais reciclados recebidos das cooperativas e de outras fontes e os transforma em créditos de reciclagem.
Renato Paquet completou ressaltando o longo trabalho realizado para desenvolver o negócio e chegar no estágio de maturidade de hoje. “Há um ano e meio começamos a trabalhar neste projeto e, depois, o Governo Federal institucionalizou o que vínhamos desenvolvendo para termos toda a rastreabilidade do resíduo, desde a sua origem até sua reciclagem efetiva”.
Ele afirmou ainda que, com o Recicla+, pela primeira vez, há uma diretriz clara sobre a utilização da nota fiscal para a comprovação da logística reversa em geral, incluindo as embalagens. “Assim, com o nosso projeto de geração de créditos de reciclagem, conseguimos atender todas as obrigatoriedades previstas pelo Governo”, disse.
Christian Króes acrescentou que o projeto da Papirus atende especialmente as garantias presentes no decreto como a comprovação da veracidade, autenticidade, unicidade e da não colidência das notas fiscais. “Nosso projeto está totalmente alinhado, pois temos um modelo com toda a cadeia certificada. Criamos um modelo de geração de crédito de reciclagem personalizado e personalizável para cada dono de marca, que atende toda a legislação”.
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