Mesmo com um desempenho da economia inferior ao esperado, no terceiro trimestre de 2021 a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis registrou uma produção 2,6% superior à do trimestre anterior, puxada pelo melhor desempenho de setores como higiene, limpeza, agropecuária e pet food. No acumulado janeiro a setembro de 2021, o setor cresceu 0,1% em relação a igual período de 2020.
Os fatores que impediram a recuperação da macroeconomia – basicamente os altos custos logísticos de importação e a demanda do consumidor final ainda tímida por conta da alta da inflação e da estagnação dos salários – não impediram que nosso setor tivesse um melhor desempenho”, celebra Rogério Mani, empresário e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis – ABIEF.
Segundo pesquisa W4Chem, feita com exclusividade para a ABIEF, foi possível observar que apesar do bom desempenho dos principais setores demandantes de embalagens flexíveis no início do terceiro trimestre, eles perderam força em agosto. Por outro lado, as indústrias de alimentos e bebidas apresentaram crescimento em agosto, mas sobre uma base fraca de comparação.
A expectativa da W4Chem para o 40 trimestre é boa especialmente pela aposta nas comemorações de final de ano. Outros fatores que deverão ter impacto positivo são o avanço da vacinação e as grandes cidades ponderando a redução de medidas restritivas. “Contudo, as empresas do setor plástico ainda reportaram, na sua maioria, uma performance fraca no 3T. Mas estamos confiantes na recuperação no quarto trimestre, apesar do otimismo dos meses anteriores ter esfriado”, analisa Mani.
Foram produzidas 536 mil toneladas de embalagens plásticas flexíveis no terceiro trimestre, contra 523 mil toneladas no trimestre anterior. Desse total, 95% foram produzidas com matérias-primas virgens e 5% com resinas recicladas. A indústria de alimentos permaneceu como principal cliente, absorvendo 222 mil toneladas do total produzido. Outros importantes clientes do setor foram: aplicações industriais, 89 mil toneladas; agropecuária, 64 mil toneladas; bebidas, 49 mil toneladas; e descartáveis, 43 mil toneladas. 75% do total foram produzidos com PEBD (polietileno de baixa densidade) e PEBDL (polietileno linear de baixa densidade); PP (polipropileno 16%); e PEAD (polietileno de alta densidade) 9%.
Sobre a balança comercial, o estudo da W4Chem identificou que foram importadas 17 mil toneladas de embalagens flexíveis e exportadas 33 mil toneladas no terceiro trimestre. Os principais tipos de embalagem importadas foram chapas, folhas autoadesivas e BOPP que, juntas, representaram 75% do total. As chapas e as folhas autoadesivas também foram as principais embalagens flexíveis exportadas, somando 88% do volume total.