Estudo encomendado pela Ball faz raio-X do mercado de vinhos em lata

A Ball Corporation, fabricante de embalagens de alumínio, encomendou estudos globais para entender o comportamento do consumidor em relação ao vinho em lata. Os resultados revelam o crescimento da preferência pela bebida, principalmente após a pandemia de COVID-19.

Entre os brasileiros entrevistados*, mais da metade (56%) revela a curiosidade em provar algo diferente como o principal motivo para consumirem o vinho em lata, enquanto 48% afirmam que a embalagem facilita o transporte do produto e 43% destacam que a novidade permite novas ocasiões de consumo. A aceitação é ainda maior para o público feminino mais jovem: 57% das mulheres de 25 a 34 anos estão dispostas a consumir a bebida na lata.

No país, o vinho em lata é associado a diferentes momentos de consumo, como eventos com amigos (68%) e happy hours (55%), provando que os brasileiros têm optado pelo formato em ocasiões mais descontraídas, onde a embalagem é mais conveniente, e onde o consumo é mais democrático, como praias, parques e churrascos na piscina, entre outros.

Veja também: o crescimento do mercado de vinhos em lata no Brasil

Em outros países, a novidade está ainda mais popularizada. No Chile**, por exemplo, quase 3 em cada 4 adultos (74%) estão adotando os vinhos em lata. Cerca de 92% dos entrevistados no país concordam que a lata de alumínio é a embalagem mais prática para grandes eventos ao ar livre, que se popularizam após as restrições impostas pela pandemia de COVID-19. Além disso, para 97% dos chilenos, os temas reciclagem e sustentabilidade são mais importantes hoje em dia do que há 12 meses, o que reforça o diferencial da lata de alumínio, por ser a embalagem mais reciclada do mundo, com 69% de taxa global de reciclagem. A Espanha**, por exemplo, compartilha da mesma opinião, com 92% dos consumidores dando mais e mais atenção aos temas ambientais. 

No Reino Unido**, o crescimento da socialização ao ar livre fez com que o vinho em lata se tornasse um produto básico nas cestas de piquenique em todo o país: 52% das pessoas com idade entre 18 e 44 anos bebem vinho na lata ou planejam fazê-lo nos próximos 12 meses. A categoria passa por um explosivo aquecimento no país, com um crescimento de 106% até setembro de 2020, segundo dados da Nielsen.

Já nos Estados Unidos**, cerca de 68% das pessoas entre 18 e 24 anos bebem vinho em lata ou planejam fazê-lo nos próximos meses. Para mais de quatro em cada cinco americanos (87%), a lata de alumínio é a embalagem mais prática para grandes eventos ao ar livre.

Para Hugo Magalhães, diretor de Marketing da Ball América do Sul, praticidade e novas ocasiões de consumo são os principais motivos para essa mudança de comportamento em nível global. “A lata é mais prática, versátil e conveniente. É ideal para socializações ao ar livre e oferece também a liberdade de consumo de doses menores. É uma oportunidade para a indústria de bebidas expandir portfólio e alcançar outros consumidores.  Além disso, sabemos que é a embalagem mais sustentável da cadeia, 100% e infinitamente reciclável, super conectada com o nosso tempo”, explica.

Diego Arrebola, Sommelier e criador da Arya, marca de vinhos em lata que conquistou medalha de ouro na International Canned Wine Competition no ano passado, enxerga o cenário brasileiro com otimismo. “O vinho em lata não é mais uma tendência, é uma realidade. É natural que o mercado continue crescendo, a exemplo do que vem acontecendo nos Estados Unidos, com mais e melhores marcas ocupando diferentes espaços”, aposta.

Lucas Simões, Enólogo da Famiglia Valduga, marca que recentemente lançou o vinho em lata Becas, acredita que os produtores da bebida devem apostar em discursos francos, objetivos e criativos sobre as vantagens e características do vinho em lata, fazendo com que o segmento torne-se um negócio de sucesso e perene.

“A possibilidade de consumir vinhos em lata nos propõe uma experiência menos ritualística e com maior informalidade, tornando-se um convite para os paladares curiosos que, por muitas vezes, acreditaram que vinho era destinado somente as classes mais altas ou faixas etárias mais elevadas”, afirma Lucas.

Becas, linha de vinhos em lata da Valduga

*Pesquisa encomendada pela Ball e conduzida pela Nielsen com 1.000 brasileiros, consumidores de vinhos e outras bebidas alcoólicas, entre 25 e 50 anos de idade. Os participantes responderam a um questionário online em novembro de 2020

**Pesquisa encomendada pela Ball e conduzida pela Norstat com 6.000 adultos, sendo 1.000 de cada país: Alemanha, Chile, Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Os participantes responderam a um questionário online em junho de 2021

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