A Activas, uma das maiores distribuidoras de plásticos do país, fechou parceria inédita com a empresa norte-americana Earth Renewable Technologies (ERT), que produz materiais biodegradáveis, excelente opção às embalagens plásticas, entre outros produtos. A Activas terá a exclusividade no Brasil de comercialização de plásticos de base orgânica da ERT, feitos 100% a partir de materiais renováveis. A ERT tem forte presença nos EUA e Europa, pois oferece um produto não poluente e biodegradável, desde que seja colocado em ambiente compostável.
“Nossa solução única, que entrega propósito e sustentabilidade às marcas, somada a um mercado que se mostra aberto a serviços e produtos sustentáveis e pós-planeta, torna o Brasil um campo promissor para nossa atuação e a expectativa de nos tornarmos líderes no segmento de biopolímeros”, afirma Kim Gurtensten Fabri, Chief Executive Officer (CEO) da ERT. A escolha da Activas como parceira se deve, conforme Kim, ao comprometimento com a sustentabilidade e à política de compliance da distribuidora de plásticos, além de ter “uma equipe qualificada e ótima infraestrutura de distribuição”.
A Activas tem hoje mais de 5.000 clientes/ano, espalhados por todo o país e faturou no ano passado cerca de R$ 700 milhões, resultado estável em relação a 2019, mesmo com crise provocada pela pandemia da Covid-19. “A nossa ideia, com a parceria, é ter disponível na prateleira mais uma opção sustentável aos clientes, além do polietileno verde, da Braskem (da qual a Activas é distribuidor oficial), à base de cana de açúcar, que já ofertamos”, afirma Laércio Gonçalves, CEO da distribuidora.
O biopolímero biodegradável da ERT, diz o CEO da Activas, cujo mercado ainda é quase inexplorado no Brasil, pode ser usado em todas as áreas atendidas pelo plástico normal, mas “neste primeiro momento vamos ofertar descartáveis embalagens de supermercados, filmes e monofilamentos para impressora 3D”. No caso dos descartáveis, um mercado no Brasil estimado em 226 mil toneladas de plásticos por ano, os biodegradáveis são ótima opção, diante da nova legislação de São Paulo, que proíbe o uso de talhares e copos plásticos não recicláveis ou biodegradável, por exemplo.
Segundo Kim, da ERT, a empresa escolheu o Brasil também em função da vocação agrícola do país e a abundância de matéria-prima renovável, como a bagaço de cana ou fibra de bambu e de coco e amido de milho, utilizados na produção do biopolímero composto.
A empresa norte-americana está construindo fábrica do produto em Curitiba, na qual está investindo US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões). “A partir de agosto, a fábrica estará produzindo cerca de 1 mil toneladas ao ano, com previsão de chegar a 30 mil até 2025”, diz o executivo. Nos EUA e na Europa, o mercado de plásticos biodegradáveis tem crescido cerca de 50% a cada cinco anos.
De acordo com Alexandre Pastro, da Activas, o acordo com a ERT vem sendo negociado há algum tempo. “Nas próximas semanas, já devemos ter os primeiros materiais biodegradáveis para entregar no mercado nacional”, afirma. “Vamos trabalhar em conjunto com a ERT para desenvolver um mercado nacional desse produto”, diz Alexandre.