A reciclagem de embalagens de PET cresceu em 2011, mantendo o Brasil numa posição de destaque mundial nessa atividade. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11/06) pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), o mercado nacional reciclou 294 000 toneladas de embalagens de PET pós-consumo no ano passado, o que representa 57,1% do total descartado por consumidores no mesmo período. O volume de 2011 corresponde a um aumento de 4,25% em relação às 282 000 toneladas recicladas em 2010.
De acordo com a Abipet, o novo índice de reciclagem é mais do que o dobro do crescimento registrado na produção de novas embalagens, que ficou em 2% em 2011. Com um faturamento de 1,2 bilhão de reais, a reciclagem responde por mais de um terço de todo o faturamento da indústria do PET no Brasil.
“Cinco anos atrás, era comum jornais e noticiários da tevê mostrar fotos de rios atulhados de garrafas. Hoje, já é difícil ver cenários como aqueles, dada a alta demanda do mercado reciclador”, disse o presidente da Abipet, Auri Marçon, na abertura da Pet Talk – I Conferência Internacional da Indústria do PET, inaugurada nesta segunda-feira em São Paulo (o evento se encerraria nesta terça-feira). “Coletamos, reciclamos e aplicamos o material reciclado em nosso próprio território. Não exportamos embalagens pós-consumo, como fazem algumas nações desenvolvidas, que têm bons sistemas de coleta, mas enviam seus resíduos sólidos urbanos para serem reciclados em países em desenvolvimento”, afirmou Marçon.
O mercado têxtil continua sendo o principal consumidor de reciclado no Brasil, respondendo por aproximadamente 40% do uso do material. O segundo lugar é dividido entre os setores de embalagens e de aplicações químicas, com 18% cada um. Conforme entrevista realizada com 409 empresas recicladoras, 33% delas consideram o uso em embalagens de alimentos o mais promissor para o PET reciclado. Quarenta e dois por cento entendem que o setor têxtil continuará apresentando o maior crescimento na utilização do material.
