Com reciclagem rastreável Plastic Bank chega a R$ 2,5mi pagos a catadores

Com uma plataforma em blockchain que garante a rastreabilidade completa da cadeia de reciclagem do plástico, a Plastic Bank atingiu a marca de R$ 2.516.374,04 pagos em bônus para coletores de recicláveis no Brasil, entre novembro de 2020 e dezembro de 2024. A fintech social trabalha com um sistema desenvolvido em parceria com a IBM que permite acompanhar todo o processamento do plástico em tempo real. Na operação global, já são mais de 55 mil coletores contemplados.

Fundada em 2013 no Canadá, a Plastic Bank atua hoje no Brasil, na Indonésia, nas Filipinas, no Egito, em Camarões e na Tailândia. Ao aderir ao programa da empresa, os catadores recebem uma bonificação por quilo de plástico entregue em pontos parceiros, aumentando suas rendas em até 40%. Já são mais de 140 mil toneladas de plástico retiradas do meio ambiente ao redor do mundo, volume que corresponde a 7 bilhões de garrafas plásticas,

A blockchain proprietária da Plastic Bank é privada, com armazenamento híbrido em servidores na nuvem (IBM Cloud) e físicos (IBM em Londres). A tecnologia permite, através do registro de dados no aplicativo, monitorar a cadeia de ponta a ponta em tempo real, desde o momento em que o catador entrega o material em um ponto de coleta até o beneficiamento final. Isso assegura uma coleta rastreável, relatórios verificados, e renda aos catadores. O material é transformado no chamado “Plástico Social”, que pode ser reutilizado em novos produtos e embalagens, reforçando uma cadeia circular de suprimentos.

Para o diretor de operações da Plastic Bank no Brasil, Ricardo Araújo, a tecnologia, fundamental para assegurar credibilidade ao processo de reciclagem, ainda não é aplicada em escala no Brasil. “A rastreabilidade completa é o que assegura que o plástico retirado do meio ambiente tenha um destino correto, dando às empresas que apoiam o ecossistema a segurança de que estão fazendo parte de uma cadeia responsável. Esse tipo de rastreabilidade de ponta a ponta ainda é pouco desenvolvida no Brasil, mesmo quando falamos dos créditos de reciclagem. Cooperativas, catadores, recicladores e empresas garantem benefícios com a transparência gerada por meio da blockchain”, ele explica.

Com a operação, empresas parceiras da Plastic Bank, que participam de programas de compensação plástica ou fazem uso do Plástico Social, têm acesso a informações claras e seguras sobre a origem e o destino do material, com transparência e segurança. O processo é considerado fundamental para integrar o plástico de forma responsável em uma cadeia circular de suprimentos, reconhecendo os trabalhadores envolvidos na coleta.

No Brasil, a empresa já encaminhou para reciclagem mais de 7 milhões de quilos de plástico desde o início das operações, em 2019, atuando nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Todos os catadores associados recebem, ao fim de cada mês e após a venda do material ao processador, uma bonificação de cerca de R$ 0,35 por quilo de plástico vendido para reciclagem – valor que é contabilizado graças ao registro dos tokens no app que utiliza blockchain.

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