Whole Foods – Cross selling criativo vende mais e entretém

Por Zeh Henrique Rodrigues*

*Zeh Henrique Rodrigues é diretor de Branding e Varejo do Grupo OM / Brainbox

Em recente visita a Austin, fiz questão de visitar o Whole Foods na W 6ht street com Lamar Street. Além de ser cidade natal da marca fundada em 1980, essa unidade fica anexada ao escritório central da empresa, ou seja, minha expectativa era alta e esperava ver uma operação bem afinada.

Não decepcionou. Pelo contrário. Toda vez que visito um Whole Foods, admiro como a marca sabe cuidar muito bem do seu merchandising, da exposição e gestão de categorias ao cross selling e às compras por impulso. Essas últimas, de fato, sãos extremamente bem executadas e nos dão muitas ideias de como aprimorar esses estímulos em diversos outros tipos de varejo.

What’s the twist

O que me chama a atenção é como a rede gosta de quebrar paradigmas. Por exemplo, ver um Champagne Veuve Clicquot exposta como venda casada em área refrigerada, eu nunca tinha visto. Porém, quando o produto que está no freezer horizontal é patola de caranguejo e lagosta, um Veuve Clicquot faz todo sentido. Afinal, dinheiro não é o problema.

Ainda falando de bebidas alcóolicas, também se destacou a venda casada, numa ponta de gôndolas com vinhos, de um suplemento para aliviar a ressaca do dia seguinte.

Esperto e audacioso.

Mais ações fora do padrão:

• Laranjas na frente do freezer vertical de cervejas

• Mostarda na frente do freezer vertical de nuggets

• Revista com receita de sopas e ensopados no FLV

Por toda a loja pode-se observar como a marca cuida para que estímulos  relevantes sejam criados em prol do consumidor e das margens da empresa, é claro.

Ao final da jornada, percebe-se que a dinâmica do Whole Foods é mais conveniente, agradável, interessante e fluída. Afinal de contas, transformar compra por obrigação por compra com emoção é a nova tônica do varejo mundial. What a twist.

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