Circulate Capital investe US$ 65mi para combater a poluição de plásticos na América Latina

Ernesto Hanhausen (Circulate Capital), Marcelo Cabrol (IDB Lab), Iván Trillo (Dow), Laura Bonilla (Unilever), Santiago Aguilera (Mondelez), Sofía Díaz (Danone) e Rob Kaplan (Circulate Capital)

A Circulate Capital, empresa de investimentos de economia circular para plásticos em mercados de alto crescimento, anunciou o lançamento de uma nova iniciativa para combater a contaminação plástica na América Latina e Caribe (ALC). Ainda no primeiro semestre a iniciativa deve chegar ao Brasil. “Trata-se do maior produtor de lixo plástico da região, com 9,5mm t/ano. O país tem alta demanda por resinas recicladas, com baixa alimentação e taxas de reciclagem”, diz Rob Kaplan, CEO e fundador da Circulate Capital.

O investimento será focado em revolucionar a cadeia de suprimentos de reciclados e lutar contra as mudanças climáticas inicialmente no Brasil, Chile, Colômbia e México, para depois expandir para toda a região.

Fundada em 2018 por especialistas na cadeia de suprimentos e corporações líderes, a Circulate Capital, é composta pela Company BID Lab, laboratório de inovação do Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Builders Vision, plataforma de impacto fundada por Lukas Walton, Chevron Phillips Chemical, Danone, Dow, Mondelēz International e Unilever. Eles destinarão um total de US$ 65 milhões para encontrar soluções com as melhores empresas de reciclagem na América Latina e Caribe (LAC).

Conforme destacado pelas Nações Unidas, as economias em crescimento na América Latina e no Caribe avançaram mais rapidamente do que suas infraestruturas de gerenciamento de resíduos e reciclagem. Como resultado, há oportunidades de fortalecer e escalar a cadeia de valor da reciclagem em toda a região. Esta iniciativa conjunta entre a Circulate Capital e os seus parceiros visa escalar o uso de soluções sistêmicas nas empresas para repensar as cadeias de suprimentos de reciclagem, desde a coleta e triagem até o processamento e fabricação; mitigar as mudanças climáticas e os riscos ambientais; avançar na economia circular do plástico; e beneficiar as comunidades locais e criação de empregos.

Além do financiamento dos projetos, a Circulate Capital e seus parceiros oferecem assessoramento e apoio técnico às empresas de reciclagem para ajudá-las a alcançar padrões de qualidade globais.

“Identificamos oportunidades muito promissoras na América Latina. Se ampliadas, elas poderão mudar o rumo na crise dos resíduos plásticos na região”, diz Kaplan, da Circulate. “Queremos aplicar as lições e as melhores práticas dos nossos anos de trabalho no sul e sudeste da Ásia. Nossos parceiros corporativos também desempenharão um papel crítico e estratégico para ajudar as melhores organizações de reciclagem a entrarem em contato com cadeias de suprimentos globais”, diz Kaplan.

Esta iniciativa é o resultado de mais de dois anos de pesquisas realizadas pela equipe e parceiros da Circulate Capital para entender os problemas e possíveis soluções na região. A empresa publicou as conclusões desta investigação em seu relatório “Redução da contaminação plástica na América Latina: um manual para a ação”, que revelou que a LAC está preparada para que as empresas e o setor privado transformem a cadeia de valor dos resíduos plásticos.

“Tenho visto em primeira mão na América Latina o custo da inação para mitigar a crise dos resíduos plásticos; mas também sei que o problema não é impossível de superar. O que impulsiona o nosso otimismo para a recuperação e o sucesso e no avanço da economia circular é que temos parceiros que reconhecem a situação crítica e se comprometeram a desenvolver as soluções locais e regionais que precisamos para reformar a nossa cadeia de valor de resíduos plásticos”, disse Ernesto Hanhausen, parceiro da Circulate Capital para a América Latina e Caribe. “Ampliar a cadeia de fornecimento de reciclagem em toda a região da ALC será uma forma importante de combater as mudanças climáticas e de permitir a criação de empregos seguros e dignos na cadeia de valor de resíduos plásticos”.

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