A Abeaço completa neste mês 20 anos de história e defesa das embalagens de aço, além de um trabalho de suporte técnico e mercadológico junto aos fabricantes desse material e de conscientização do consumidor final em relação às suas vantagens.
Entidade sem fins lucrativos, a Abeaço foi fundada em 2003, como uma iniciativa pioneira de um grupo de fabricantes de latas de aço, em conjunto com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Em seus primeiros anos, o objeto da associação foi de quebrar preconceitos existentes em relação aos alimentos enlatados, que eram classificados como “comida ruim” ou artificiais demais.
“Realizamos inúmeras campanhas educativas para informar aos consumidores e profissionais, como nutricionistas, que os alimentos enlatados são ricos nutricionalmente, duráveis, práticos e não necessitam da adição de conservantes químicos”, destaca a presidente executiva da Abeaço, Thais Fagury. “Nessa missão, tivemos a ajuda de porta-vozes conhecidos nacionalmente, em campanhas de mídia de alcance nacional”, relembra Thais.
Após alguns anos depois do surgimento da Abeaço, regulamentou-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei no 12.305/10. Neste período, então, acontece outro grande momento da Abeaço: a fundação da Associação Prolata. A Abeaço decidiu, neste momento, fazer a sua parte em relação ao que é o maior desafio enfrentado pela humanidade: a sustentabilidade.
A Prolata foi uma iniciativa pioneira em relação à PNRS, sendo a primeira entidade gestora, de único material, a se comprometer com o Ministério do Meio Ambiente em relação a essa legislação. “A missão da PNRS é fazer com que as embalagens vazias sejam descartadas e sejam encaminhadas corretamente. O papel da Prolata é auxiliar na logística reversa das latas de aço pós consumo, rastrear e formalizar a cadeia. Além disso, temos como missão o apoio a cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis”, explica Thais.
Em 11 anos de atividade, a Prolata já conta com 74 cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis, espalhadas por 17 estados brasileiros e no Distrito Federal. A associação também possui 50 entrepostos parceiros, além de 2 centrais mecanizadas.
Por meio da Prolata, a Abeaço também firmou uma série de parcerias com empresas e associações para garantir a destinação correta dos resíduos de embalagens de aço. Uma delas foi iniciada em 2020, com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que ajudou a destinar corretamente mais de 330 mil quilos de latas de aço usadas em menos de três anos.
“A parceria entre Prolata e Sinduscon-SP nos mostra que através das conexões bons resultados são possíveis”, comemora Thais Fagury. “São iniciativas desse tipo que mostram para a sociedade civil o tamanho da importância da logística reversa, que deve ser um trabalho compartilhado e entre cadeias”, observa.
Outra frente de atuação são os Pontos de Recebimento, pontos que têm como público-alvo o consumidor final. Eles são instalados em lojas de varejo e visam chamar a atenção de um público mais amplo para a importância da reciclagem das latas de aço.
Atualmente, são 335 pontos de recebimento Prolata espalhados por todo o Brasil, sendo 207 geridos pela própria associação, e outros 128 gerenciados em uma parceria com a Triciclo Ambipar.
“Em 20 anos, a Abeaço ajudou a alertar sobre a importância das latas de aço dentro das diretrizes de ESG, e fizemos isso ainda antes deste conceito ter o tamanho e a importância que tem hoje”, destaca Thais Fagury. “Para as próximas duas décadas, nosso desejo é seguir na vanguarda, auxiliando não só no desenvolvimento dos negócios dos associados, mas também na construção de um futuro sustentável”.