Em 10 anos, reciclagem de latinhas evita a emissão de 15mi de toneladas de gases de efeito estufa

De acordo com a Recicla Latas, organização responsável pelo aperfeiçoamento da logística reversa das latas de alumínio para bebidas do Brasil, a reciclagem das latinhas evitou a emissão de 15 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) nos últimos 10 anos. O dado foi obtido com base nas informações do Índice Nacional de Reciclagem Latas de Alumínio para Bebida, divulgado pela própria entidade gestora.

Em 2021, por exemplo, o setor impediu que 1,9 milhão de toneladas desses gases chegassem ao meio ambiente. De acordo com Renato Paquet, secretário executivo da Recicla Latas, esses números ressaltam o sucesso desse modelo de reciclagem. Além de autossuficiente, está consolidado, possui alcance nacional e obtém resultados cada vez mais expressivos.

“O aperfeiçoamento contínuo do sistema de reciclagem das latinhas permite que o Brasil se mantenha como referência em economia circular. Com isso, conseguimos contribuir para a descarbonização, com benefícios sociais ao envolver contingente de mais de 800 mil catadores no processo, além de injetar bilhões na economia anualmente”, explicou Renato Paquet.

Outro ponto que merece destaque nesse levantamento, é a quantidade de energia elétrica poupada com a reciclagem das latas. De acordo com a Recicla Latas, a energia economizada anualmente é mais que suficiente para o consumo residencial de um estado como Goiás por igual período.

Vale lembrar que o Brasil conseguiu fazer história na reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2021, reciclando cerca de 33 bilhões de latinhas – 98,7% do total consumido. O índice é o maior patamar atingido desde 1990, quando começou a ser calculado e divulgado.

Cadeia de reciclagem preparada para crescimento

Comparando os índices de 2021 com 2020, houve um crescimento de 2 bilhões de latas recicladas (1,3 pontos percentuais), assim como no consumo das latinhas de alumínio para bebidas no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) o setor cresceu 5,2% de 2020 para 2021, alcançando 33,4 bilhões de latas consumidas. Analisando a década (2011 – 2021), os dados apontam que o aumento no consumo da embalagem foi de mais de 80%.

Mesmo com todo esse crescimento, o Brasil foi capaz de atingir essas duas marcas históricas. De acordo com Paquet, tudo passa pelo investimento e o cuidado de quem está envolvido com essa cadeia de reciclagem. O investimento total em novas unidades fabris de latinhas soma R$5 bilhões entre 2021 e 2023 e mais de um bilhão de reais foram investidos nos últimos 5 anos para aumento da capacidade de laminação e reciclagem. Além de todo o investimento, o sistema conta com 36 centros próprios de coleta, além de uma ampla rede de parceiros, um dos fatores que explicam o sucesso da reciclagem das latinhas.

“Graças aos esforços conjuntos de toda a cadeia de suprimento, e dos investimentos da indústria do alumínio na modernização do setor e na ampliação dos centros de coleta e reciclagem, há mais de dez anos a média nacional de reciclagem de latas de alumínio se encontra em patamar superior a 97%. Acreditamos que essa é uma vitória de todos os envolvidos no bem-sucedido sistema de reciclagem brasileiro, no qual fabricantes e recicladoras são parte fundamental do processo para garantir a preservação das nossas áreas verdes e um futuro melhor”, finalizou o secretário-executivo.

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