A GrowPack, startup fundada em 2018, na Argentina, inaugurou na última sexta-feira (15/7), em Vinhedo (SP), uma fábrica de embalagens compostáveis que têm como matéria prima principal a palha de milho.
Segundo Exequiel Bunge, CEO da GrowPack, a fábrica trabalha com tecnologia versátil e que pode ser adaptada a fontes alternativas de biomassa, o que dá à empresa a capacidade de cocriar embalagens com novos clientes num prazo de cerca de seis meses.
A fábrica tem 1300 m² e uma capacidade inicial de processar 400 quilos de matéria-prima por dia, o que equivale a 100 mil embalagens, mas o plano é triplicar esse volume até o ano quie vem.
A GrowPack diz que a produção de suas embalagens representa economia de 25% de energia elétrica e 80% no uso de água em comparação com as de papelão. A empresa não revela valores, mas diz que, na escala inicial, suas embalagens apresentam preços competitivos em relação às de papelão e de fibras biodegradáveis moldadas importadas.
Os primeiros produtos serão bio rings, suportes para seis latas de cerveja que substituem embalagens de plástico e de papel, que serão usados pela Ambev, e boxes em formato de marmita para a entregas do iFood. A startup vai fornecer entre 30 mil e 50 mil embalagens para o iFood, que serão testadas para o transporte de refeições de oito restaurantes em Campinas (SP) nos próximos meses. “Seguindo o seu objetivo de reduzir o uso do plástico no delivery, o iFood investiu no potencial que a tecnologia da GrowPack oferece. Juntos, vamos trabalhar para que a embalagem seja escalável e que passe a fazer parte do dia a dia dos restaurantes parceiros, sendo mais um pilar para o combate às mudanças climáticas e zerar a emissão de carbono do nosso ecossistema”, diz Alexandre Lima, gerente de sustentabilidade do iFood.
A GrowPack diz que a marmita de fibra, além de resistente, mantém a temperatura dos alimentos e pode ser levada ao micro-ondas e ao freezer.