O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) homologou em 15 de julho último a redução para 6,5% da alíquota de importação de polipropileno (PP). A Agência Brasil destacou no registro da medida a característica multiplicidade de aplicações da poliolefina, “como embalagens flexíveis, sacos para grãos e fertilizantes, cadeiras, brinquedos, eletrodomésticos e autopeças”. O declínio da alíquota de importação de PP constava entre os mais renitentes pleitos da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) junto ao governo.
O presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, acredita que a medida facilitará o acesso dos transformadores a PP de fora do Cone Sul. “Acreditamos que o governo tem entendido o problema estrutural que mercados fechados com monopólio gera em toda a cadeia. Provavelmente, isto foi fruto de uma análise criteriosa do mercado doméstico, visto que a altas tarifas geram um desequilíbrio na cadeia produtiva, com impacto em diversos setores da economia, sendo neste momento agravado pela crescente inflação e pela dificuldade de acesso a mercados internacionais”, diz Roriz.
O presidente da Abiplast pondera, porém, que a redução do imposto de importação de PP, “embora importante para o setor, não soluciona os efeitos negativos das medidas antidumping aplicadas para importantes origens, como Índia, África do Sul e Estados Unidos, que seguem vigentes”.