Braskem desenvolve tecnologia inovadora para reciclagem avançada

A Braskem anunciou que está desenvolvendo uma tecnologia inovadora e de última geração para a reciclagem de resíduos plásticos. O processo, que utiliza um catalisador exclusivo e incorpora o gerenciamento eficiente de calor, reduz a necessidade de fontes de energia externas. O resultado é uma redução significativa das emissões de CO2e em comparação com as tecnologias tradicionais e já existentes de reciclagem avançada.

De acordo com Jan Kalfus, gerente global de Catálise de Bioprocessos e Circularidade da Braskem, a ideia dessa tecnologia única surgiu no início de 2020, nos Estados Unidos, porém, seu uso não deve se limitar ao país. “O lançamento será global, conforme as oportunidades surgirem. Queremos desenvolver uma nova forma de impulsionar a reciclagem avançada, processo que transforma resíduos plásticos em químicos básicos, como propeno e etileno, utilizados para a fabricação de novos produtos plásticos ou químicos provenientes do processo circular, reduzindo assim os resíduos plásticos e a necessidade de combustíveis fósseis no mundo”, explica.

O projeto demonstrou alto rendimento para o desenvolvimento de químicos intermediários – como aromáticos e monômeros –, que podem ser utilizados para produzir plásticos, contribuindo para o processo circular. “Hoje, a tecnologia está sendo desenvolvida e estamos aumentando a escala do nosso reator, que fornecerá dados importantes em apoio à nossa futura expansão. O projeto piloto está previsto para 2025, e a tecnologia deve estar disponível em escala até 2030”, afirma Kalfus. 

Na nova tecnologia da Braskem, o catalisador atua como uma tesoura, que quebra o resíduo plástico em químicos básicos, que então são utilizados para produzir os plásticos presentes em diversos itens do nosso dia a dia. Esses químicos básicos, também conhecidos como monômeros, podem ser usados diretamente nas indústrias para a produção de novos plásticos a partir de materiais reciclados. O produto resultante desse processo é equivalente ao plástico convencional, de origem fóssil, e totalmente reciclável.

“Por enquanto, os principais benefícios dessa nova tecnologia são a capacidade de produzir plástico proveniente do processo circular de maneira eficiente e reduzir as emissões de CO2e devido a baixos requisitos de energia. A longo prazo, ela pode vir a substituir técnicas atualmente usadas na indústria para a produção de plástico, oferecendo um futuro circular para a próxima geração de profissionais e a sociedade”, conclui.

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