O programa de logística reversa “Dê a Mão para o Futuro – Reciclagem, Trabalho e Renda”, criado e coordenado há 16 anos pela ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, anunciou seus resultados de 2021, ao atingir um volume de recuperação de resíduos recorde, de 147 183 mil toneladas de embalagens recicláveis, a maior marca desde que teve início a série histórica em 2013. O marco ultrapassa a meta de 22% da massa global de embalagens inseridas no mercado nacional.
O Programa é realizado em parceria com a ABIMAPI – Associação Brasileira de Biscoitos, Massas Alimentícias e Bolos Industrializados e a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional.
O número foi alcançado em meio ao segundo ano da pandemia, quando aumentou a flexibilização das medidas restritivas, o que permitiu impulsionar a concretização de parcerias com novas cooperativas, redes e organizações de reciclagem de materiais recicláveis, integrando milhares de catadores.
Além disso, o “Dê a Mão para o Futuro” adotou estratégias para expandir sua abrangência geográfica, estando presente agora nas 27 Unidades Federativas do país, via 179 cooperativas, localizadas em 125 municípios.
De 2013 a 2021, o Programa “Dê a Mão para o Futuro”, somou um total de 802 500 toneladas de massa recuperada e encaminhada para reciclagem, fruto de um investimento total de mais de R$ 100 milhões, feito sempre com base em relações formais com cada uma das cooperativas ou redes participantes do Programa, o que inclui desde o início, a elaboração de um planejamento estratégico participativo dos investimentos a serem realizados e assim, estabelecendo e mantendo a confiança e a transparência com tais organizações parceiras.
Em 2021, foram mais de R$ 18 milhões destinados à compra de equipamentos, adequação de infraestrutura, capacitação e assessoria técnica – entre outros investimentos – que beneficiaram o trabalho de 6 074 mil catadores.
O programa apresentou uma evolução expressiva na renda média mensal dos catadores em relação ao ano anterior. Em 2020, 52% recebiam acima de um salário mínimo mensal. Em 2021, esse índice subiu para 77%. Vale ressaltar que a maioria dos catadores impactados pelo Programa são mulheres 56% e 44% são homens.