Papel substitui o plástico em embalagens de amostras de perfume

Sachês de papel para amostras de perfume

O projeto “Amostragem do Bem”, parceria entre a Suzano e o Grupo Boticário, traz ao mercado uma embalagem inédita, livre de plásticos, para amostras de perfumes. São sachês de 1mililitro produzidos apenas com papel.

“Se voltarmos atrás, vamos lembrar que o papel já teve uma representatividade muito grande como embalagem de alimento e produtos, mas que ao longo do tempo foi perdendo espaço para o plástico. Principalmente por questões de funcionalidade e econômica. Só que hoje vemos essa emergência do plástico como solução acabou virando outro problema”, diz Guilherme Melhado, diretor comercial na unidade de papel da Suzano.

Segundo Melhado, a iniciativa surgiu como uma forma de “responder à demanda dos novos tempos, em que cada vez mais pessoas se preocupam não apenas com a origem dos produtos que estão comprando, mas também como eles chegam às casas delas”.

Batizada de Greenpack, a nova embalagem é com um tipo de papel flexível desenvolvido pela Suzano. O papel ganha uma barreira biodegradável que é aplicada à superfície para que possa ser utilizado como embalagem de alimentos e produtos em geral. Anteriormente, essa tecnologia já havia sido testada para acondicionar internamente e externamente uma versão com 50% menos plástico do absorvente Sempre Livre, lançado no ano passado pela Johnson & Johnson.

As equipes de pesquisa, desenvolvimento, engenharia, negócios, industrial, comercial e performance da Suzano e do Grupo Boticário se uniram para criar a embalagem pensada para as amostras de 1ml. Foram oito meses de trabalho até chegar ao protótipo, que chegou ao mercado em um perfume da Eudora. as amostras são produzidas pela All 4 Labels e o Grupo Leclair Cosméticos é o responsável pelo envasamento.

“Mais do que adaptações na cadeia dos parceiros, foram necessários testes para aprendermos a trabalhar com o Greenpack”, diz Gustavo Dieamant, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Grupo Boticário. Entre os desafios estava encontrar a tensão exata e o formato de bobinas, a velocidade de impressão sem romper o papel, entre outros.

O Grupo Boticário estima que o volume médio anual dessas amostras esteja na casa de 30 milhões de unidades.

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