O exemplo brasileiro de reciclagem de latas de alumínio para bebidas foi apresentado como case de sucesso ao mundo, nesta quinta-feira (4/11), no pavilhão Brasil-Glasgow na COP26. Com média histórica de reciclagem de 97% das latas, o Brasil é um dos líderes mundiais, deixando para trás Estados Unidos, com 60% e Europa, com média de 67%.
Com a marca de aproximadamente 400 mil toneladas de latas – ou 30 bilhões de unidades recicladas por ano – o Brasil recicla, hoje, o equivalente a ¼ (um quarto) de todo alumínio comercializado no País, beneficiando cerca de 800 mil catadores, em um trabalho que envolve indústria, comércio, entidades representativas e o governo brasileiro.
O case brasileiro foi apresentado à COP 26 com os principais números e resultados do setor, seguido de pronunciamento do presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), Cátilo Cândido, que destacou os benefícios do modelo de reciclagem nacional.
“Temos uma indústria em pleno crescimento, mas com o compromisso de manter o índice de reciclagem acima dos 95%. Além disso, o setor possui um desenho de logística reversa bem-sucedido, que é exemplo de economia circular para o mundo”, pontuou.
A reciclagem da latinha evitou a emissão de 19 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera desde 2005. O setor também apresenta uma redução de 70% na emissão de GEE, aproximando o Brasil dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas), contribuindo diretamente para o combate as mudanças climáticas.
A apresentação do presidente da Abralatas, em parceria com Abal, ocorreu no estúdio sediado na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, que vem sendo palco de debates durante a COP26 para representantes brasileiros em Glasgow e no próprio Brasil.
Mesmo com bons resultados para mostrar, a responsabilidade da latinha de alumínio brasileira foi além e firmou com o governo federal um Termo de Compromisso público, assinado com o Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Programa Lixão Zero, com o objetivo de dar continuidade e aperfeiçoar ainda mais este ciclo pelos próximos anos.
Mais do que a meta de manter o índice de reciclagem sempre acima de 95%, o setor assume também o compromisso de compra de toda sucata disponível, e de criar programas de educação ambiental em diversas esferas da sociedade, capacitando gestores públicos e cooperativas de catadores.
“O setor vem batendo recordes de crescimento no País e continuará com compromisso socioambiental em um verdadeiro ciclo harmônico e exemplo de economia circular para o mundo”, concluiu o presidente da Abralatas.