As embalagens monomaterial são uma ótima alternativa, já que facilitam a reciclagem, sem perder a eficiência e têm alta capacidade de reincorporação ao processo de desenvolvimento
A evolução na forma como são feitas as embalagens é uma das propostas da economia circular, que considera torná-las 100% aproveitáveis, promovendo o reuso, o que prolonga a sua vida útil e evita desperdícios. Para isso, é necessário pensar em uma nova dinâmica de desenvolvimento de embalagens, que repensa alguns fatores, como: uso mais eficiente da matéria-prima, a adoção de um único tipo de material, diminuição da gramatura de material por embalagem e a melhor gestão dos resíduos gerados, para que sejam reinseridos na cadeia de produção.
Percebe-se que a preocupação com o meio ambiente vem sendo incorporada, cada vez mais, na rotina das empresas e crescendo na percepção dos consumidores. É importante que você, que também faz parte dessa mudança, acompanhe as tendências que já estão nas pautas mundiais de sustentabilidade.
As embalagens flexíveis estão bastante presentes no dia-a-dia do consumidor. Embalagens de alimentos, sacolas, produtos de higiene pessoal, entre outros. Para garantir a proteção do produto e o padrão de qualidade exigido, a maioria delas é feita com multicamadas, compostas por materiais diferentes, o que dificulta a reciclagem. Em comparação, as embalagens monomaterial surgem para facilitar a reciclagem, ao mesmo tempo que são desenvolvidas para oferecer a mesma qualidade de proteção e preservação do produto esperadas.
Qual é o caminho para criar novas embalagens?
Um artigo da consultoria global McKinsey “The drive toward sustainability in packaging—beyond the quick wins” debate o equilíbrio entre ganhos e sustentabilidade. Ele explica que haverá um impacto significativo sobre os convertedores de embalagens e sua cadeia de valor, o que pode ameaçar a sobrevivência de muitos no setor. No entanto, com o foco certo e recursos de inovação, o novo cenário pode oferecer um crescimento significativo e novas oportunidades de parceria para apoiar os clientes na revisão de seus portfólios.
Outra questão levantada pelo documento é que, além de demanda para reduzir o impacto ambiental das embalagens, as mudanças exigem novos investimentos e maior aporte de inovação. Quando se trata de investir no modelo circular, o relatório da PwC “The Road to Circularity” explica que as empresas obtêm os sinais de preços adequados para poderem fazer escolhas de produções que não irão gerar os efeitos colaterais negativos do esgotamento dos recursos naturais ou da escalada da mudança climática.
Com a pandemia surgiu a higienização, como revela a Pesquisa Ipsos Global Advisor Earth Day 2020. Ela mostra que os entrevistados preferem uma embalagem fácil de higienizar (29%) a uma que seja eco-friendly (24%). Porém, o que muitas pessoas não sabem é que a comunidade médica científica internacional garante que os reutilizáveis – são todas as embalagens feitas com material durável, como um plástico resistente, e que possam ser utilizadas várias vezes – são seguras, contanto que se mantenham condições básicas de higiene, já colocadas em prática frente à Covid-19. Para os convertedores, esse é um impulso significativo para transformações, ao contrário do que muitos pensam.
Está na pauta também a importância da hermeticidade das embalagens, pois garante que elas possam ser higienizadas sem comprometer o conteúdo embalado. Além disso, os pedidos feitos online, via e-commerce, estão demandando embalagens cada vez mais leves, flexíveis e resistentes ao impacto.
Em conclusão, temos um consumidor mais exigente, que busca por inovação, ao mesmo tempo que preza pela reciclabilidade e impacto positivo dos produtos que consome. Por isso, um caminho para todas essas mudanças é estabelecer metas reais de sustentabilidade e inovação, com foco na transformação do processo produtivo. Reduzir desperdícios, gerir a matéria-prima de maneira mais eficiente, uso de energias renováveis e investimento em equipes são alguns exemplos. As modificações são necessárias e bem-vindas, mas para viabilizá-las, precisamos ter pessoas comprometidas com o processo para realizar os ajustes necessários e continuar avançando na jornada, rumo à completa circularidade. As modificações são necessárias e bem-vindas, mas para viabilizá-las, precisamos ter pessoas comprometidas com o processo para realizar os ajustes necessários e olhar para o futuro.
Vida útil do plástico e suas possibilidades
Um levantamento do The New Plastics Economy, da Fundação Ellen MacArthur, aponta que após um curto ciclo de primeira utilização, 95% do valor da embalagem plástica, ou entre US$ 80 e 120 bilhões, são perdidos anualmente. Ou seja, o material não aproveitado também significa dinheiro indo embora. Não podemos negar que as embalagens plásticas são práticas, seguras e ainda desempenham um papel importante nas nossas vidas. Por esse motivo é tão necessário investir no potencial lucrativo que a economia circular pode entregar à sociedade e ao planeta.
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