A digitalização escalou. E estamos prontos para disseminá-la

Acerto rápido, desperdício baixo, alta produtividade. Nos últimos anos, tais requisitos se mantiveram no topo da lista da competitividade para qualquer indústria gráfica. Mas agora é preciso ir além

Por Silvia Montes*

*Silvia Montes é presidente da Heidelberg do Brasil

A pandemia colocou a economia mundial de joelhos, com impactos diretos na indústria de impressão e o surgimento de novos desafios à medida que formas disruptivas de negócio foram sendo delineadas. O e-commerce abriu frentes e remodelou tendências. Estamos caminhando, a passos alargados pela Covid-19, para um mundo cada vez mais dependente de especificações online e da conectividade.

Nesse cenário, as tiragens estão ainda mais curtas, respondendo à demanda pela personalização extrema. Isso significa incremento de trabalhos por turno, prazos ainda mais enxutos, resultando em maior pressão em todas as etapas do processo produtivo.

A boa notícia é que a resposta a esses desafios já está sobre a mesa. A digitalização dos processos, turbinada pela Inteligência Artificial, é capaz de assegurar a produtividade e a confiabilidade que o momento exige, dando origem a sistemas qualificados para cuidar das tarefas rotineiras, tornando os processos mais rápidos e menos complexos.

Antecipando as mudanças significativas que se espera da indústria gráfica, a Heidelberg vem desenvolvendo soluções inteligentes que desembocam em novas aplicações e experiências no core business. Estamos falando de assistentes digitais capazes de avaliar grandes volumes de dados em tempo real. Estamos falando de soluções preparadas para transformar essa massa de informações em decisões assertivas, sejam elas guiadas ou autônomas.

Um ótimo exemplo é o Intellistart 3. Incorporado às impressoras Speedmaster, o recurso pré-classifica os trabalhos com base nos parâmetros neles embutidos, sugerindo a melhor sequência de troca e as etapas que otimizarão a produção.

Aprimorando, o sistema de gerenciamento de informação (MIS), associado a um fluxo de trabalho integrado, leva a automação a outro nível. Nele está calcado o Heidelberg Plus, ecossistema formado por interfaces de acessos a ferramentas digitais como painéis de produtividade e perfis de trabalho, benchmark por segmento, loja online e o portal Heidelberg Digital Assistant – HDA. Isso sem falar no assistente técnico PAT (Performance Advisor Technology), primeiro aplicativo de IA da Heidelberg, que ajuda nossos clientes a identificarem padrões nos trabalhos e, com isso, otimizarem potenciais e vislumbrarem novas oportunidades. 

A evolução tecnológica continuará a impulsionar novas formas de conexão. A adoção de fluxos de trabalho suaves e integrados, combinados a soluções automatizadas de impressão, acabamento, distribuição e logística, culminarão na união das diversas plataformas em toda cadeia produtiva, aproximando fornecedores, indústrias e consumidores finais. Por isso, a Heidelberg lançou uma plataforma aberta e independente com a Zaiko, integrando não apenas processos, mas sim várias indústrias e empresas.

Estamos olhando adiante, prontos para continuar a embasar o desenvolvimento da indústria gráfica e de novos modelos de negócio. E essa vontade de ir além nos move também em outras direções. Temos investido na impressão funcional, na produção de eletrônicos impressos, que nada mais são do que sensores capazes de coletar dados dos produtos nos quais estão acoplados, como temperatura, umidade e força, além do e-Mobility (estações de carregamento de veículos elétricos), que tem sido um enorme sucesso.

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