No final de 2019, a Congraf Embalagens realizou investimentos em equipamentos de acabamento, como corte e vinco e colagem, além de ampliar sua área de produção para melhorar o fluxo de trabalho, acreditando em crescimento de pelo menos 10%
Porém, a pandemia surpreendeu o mundo negativamente, com uma forte crise sanitária, econômica e social, o que afetou a indústria. “O ponto positivo de tudo foi que passamos por desafios até então desconhecidos e tivemos que superá-los dia após dia. Aprendemos muito com toda essa crise no que diz respeito à gestão, agilidade de pessoal e soluções internas para as mais diversas adequações diárias. Colhemos muitos frutos por ter uma equipe treinada, comprometida e capaz”, conta o diretor industrial da Congraf, Sidney Anversa Victor Junior.
Mesmo assim, o ano de 2020 foi importante em relação a resultados no mercado, uma vez que a fabricante de embalagens conseguiu manter seus clientes, mesmo com o mercado instável. Em suas demandas, a empresa percebeu crescimento no segmento de higiene e limpeza, com destaque para sabonetes. O setor de alimentos se manteve estável com pequenas altas durante o ano. Já o setor de cosméticos foi o que mais destoou, registrando queda.
A respeito dos fatores negativos que impactaram a produção e o avanço do mercado, a empresa apontou os reajustes de matéria-prima, causados pelas altas do dólar alto e das commodities. Nesse ano, o cenário deve ser o mesmo e só deve ser amenizado com a imunização da população. “Certamente, o melhor que pode acontecer para o país é a vacina. O Governo precisa focar 100% em conseguir vacinar a população brasileira, pois só assim haverá estabilidade no mercado novamente. O câmbio está muito alto, a população mais vulnerável está sem emprego e necessita receber ajuda financeira. Tudo isso influencia muito a estabilidade de produção”, enfatiza Sidney.
Diante disso, a Congraf realizou investimentos que trarão frutos em 2021. Entre eles, melhorias no laboratório de testes de qualidade e no laboratório interno de produção de tintas, que teve sua capacidade própria ampliada para 70% de sua necessidade.
A empresa também já se prepara para instalar uma nova máquina Heidelberg, com a máxima tecnologia disponível para equipamentos de impressão. Trata-se de uma Speedmaster XL 106 nova geração, que possui inteligência artificial, UX (user experience) e integração de processos digitalizados. De acordo com a empresa, a máquina proporcionará maior capacidade e qualidade de produção, além de agilidade nas trocas de serviços. A previsão é de que a nova impressora já esteja em operação no segundo semestre de 2021, para atender um mercado provavelmente mais aquecido.