ApexBrasil acerta na embalagem para exportar mais

Por Manoel Müller*

Programa Design Export reforça o papel dos escritórios de design como facilitadores da tecnologia de embalagem para maior competitividade de pequenas e médias empresas

Artigo publicado na revista EmbalagemMarca 219

Manoel Müller é administrador de empresas pela FGV e sócio-diretor da Muller-Camacho Design. Fundador e primeiro presidente da ABEDESIGN, palestrante e professor de história

Manoel Müller é administrador de empresas pela FGV e sócio-diretor da Muller-Camacho Design. Fundador e primeiro presidente da ABEDESIGN, palestrante e professor de história

Aumentar a competitividade das pequenas e médias empresas no mercado internacional não é tarefa fácil. Entre tantos desafios, um deles é fazer chegar até essas empresas uma informação qualificada que traga resultados efetivos e transforme os seus negócios.

Dentre todas as iniciativas governamentais para estimular as exportações, há que se destacar o Programa Design Export, promovido pela ApexBrasil e coordenado pelo Centro Brasil Design, cujo objetivo é possibilitar a experimentação do design como ferramenta estratégica para que pequenas e médias empresas alcancem sucesso como exportadoras.

Na Müller Camacho Design participamos das três edições do Programa Design Export. Criamos novas embalagens e posicionamento estratégico de marcas e produtos do agronegócio como mel, açaí, frutas tropicais, rapadura, entre outros. Como parte da nossa metodologia, estivemos no campo para vivenciar o contexto das empresas.

E assim fomos. Levando picada de abelha, suando no calor amazônico ou se surpreendendo com os parreirais de Petrolina e Juazeiro, realizamos uma missão necessária e muito pertinente ao escritório de design: facilitar o acesso a estas pequenas e médias empresas ao que existe de ponta em tecnologia de embalagem.

Embalagem com design é imprescindível para uma marca conquistar e manter consumidores, aqui e em qualquer mercado desenvolvido. Mas o design não faz milagre. Se não houver qualidade técnica, quero dizer, embalagens com matérias primas corretamente especificadas, tampas e aberturas que funcionem, resistência a empilhamentos, beleza gráfica etc., de nada adiantam o fomento institucional e a qualidade do projeto.

Que lição tiramos do Programa Design Export? Para mim, ficou claro que é preciso integração de esforços e harmonia de propósitos entre os agentes econômicos – governo, instituições, fornecedores, escritórios de design e usuários – para gerar soluções de embalagem competitivas para os produtos brasileiros.

COMENTÁRIOS