A estudante de Design de Interiores Ana Carolina Lima é a autora do projeto vencedor do 1º Concurso Cultural para a Seleção da Nova Arte para Embalagem da Camisinha Masculina. Competição foi organizada pelo Ministério da Saúde e a UNESCO no Brasil para mudar o visual das camisinhas distribuídas pelo Sistema Único de Saúde. Iniciativa recebeu 212 inscrições.
O anúncio foi feito durante a solenidade de abertura do HepAids 2017 – 11º Congresso de HIV/Aids e 4º de Hepatites Virais -, na terça-feira (26), em Curitiba.
O concurso – realizado em conjunto pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (Unesco Brasil) – recebeu 212 inscrições. A vencedora ganhou um pacote de viagem de três dias com acompanhante para um dos sítios, no Brasil, do Patrimônio Mundial Cultural da Unesco. As atuais embalagens, em uso há mais de dez anos, não serão totalmente eliminadas.
A arte vencedora apresenta o botão de “liga e desliga” – comum em aparelhos eletrônicos contemporâneos –, em verde fosforescente sobre fundo preto, com a camisinha substituindo o traço central do desenho. “A proposta é atrair o público jovem, que está cada vez mais conectado, com a mensagem subliminar ‘fique ligado’”, explicou Ana Carolina, que tem 19 anos e cursa o segundo período do curso na Faculdade de Belas Artes, em São Paulo.
Natural de São José dos Campos (SP), a estudante contou que soube do concurso por meio de cartaz afixado em um mural da faculdade. “É o primeiro concurso do qual eu participo”, explica. “Antes de chegar à arte vencedora, havia esboçado outras três: uma simbolizando a capa de um herói, outra com o símbolo da paz e uma terceira com a bandeira do Brasil”, diz.
O segundo lugar do concurso ficou para o trabalho do estudante de Publicidade e Propaganda Raphael de Oliveira Lima, de Montes Claros (MG) – que apresentou uma embalagem simbolizando várias identidades de gênero. Segundo ele, a ideia surgiu após ter lido reportagem sobre como a Comissão de Direitos Humanos de Nova York reconheceu, em junho, 31 tipos diferentes de identidade de gênero. “Meu objetivo é o de, por meio da arte, levar as dúvidas para o debate; tive o cuidado de simbolizar cada gênero, promovendo os direitos humanos”, afirmou.
Fonte: Ministério da Saúde