Foi realizado nesta quinta-feira, 9 de junho, o painel temático sobre embalagens no 7º Congresso Internacional de Alumínio, evento simultâneo à feira ExpoAlumínio. “Estamos muito atentos ao setor de embalagens, que hoje responde por quase 37% do volume de nossa indústria”, destacou Celso Soares, coordenador do Comitê de Mercado de Embalagens da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), em sua fala de boas vindas. Foram, ao todo, consumidas 478 000 toneladas do metal em 2015, considerando-se latas, embalagens flexíveis e cartonadas assépticas.
O diretor da European Aluminium Foil Association, Stefan Glimm, destacou que não há alternativa de barreira a gases e à luz melhor do que a proporcionada pela folha alumínio, o que abre grande oportunidade para esse insumo, uma vez que, com grau de proteção maior, há menos necessidade de adição de conservantes nos produtos. “Isso está muito alinhado com uma tendência em voga hoje, que é a busca por alimentos mais naturais e mais saudáveis”, explica.
Opinião semelhante foi manifestada por Adão Parra, diretor comercial e de suprimentos da Embalagens Flexíveis Diadema, para quem o ganho de shelf life viabilizado pelo foil de alumínio pode ajudar a reduzir os desperdícios nos casos de produtos que não têm giro muito rápido. “Esse é um ponto importante de análise, pois nem todo produto precisa de barreira tão alta, mas nos demais casos, abrir mão do alumínio pode implicar em mudanças na formulação do produto, com a inclusão de aditivos de conservação.”
Salvador Marino Neto, diretor industrial da Tetra Pak, abordou outro ponto importante na luta contra o desperdício de alimentos: o porcionamento adequado, que aliado à conveniência é um dos drivers importantes para o desenvolvimento de embalagens retortable, nas quais alimentos preparados podem ser comercializados fora da cadeia do frio. “Esse é o futuro”, concluiu.