A indústria de embalagens plásticas flexíveis registrou queda de 1,6% na produção física em 2015, fechando o ano com 1,815 milhão de toneladas. A variação real do faturamento também registrou queda de 2,1%, chegando a R$ 19,6 bilhões, assim como o consumo aparente que caiu 3,6%, atingindo 1,844 milhão de toneladas. Os números foram apurados em pesquisa realizada pela Maxiquim com exclusividade para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis)
Der acordo com Solange Stumpf, da Maxiquim, o petróleo continua sendo o alvo das atenções. “Ainda não sabemos se seu preço já chegou ao fundo do poço – US$ 50/barril – ou se cairá mais. Há especialistas apostando em US$ 20 o barril. E esta oscilação continuará afetando a indústria globalmente.” O lado bom, segundo Solange, é que a petroquímica Brasileira tem fôlego para competir por conta da nafta mais barata.
De todas as resinas rastreadas na pesquisa da Maxiquim, o polipropileno (PP) foi a que registrou queda mais acentuada (-8,3%), enquanto os polietilenos (PEs) caíram 3,1%. A demanda doméstica de poliolefinas no Brasil teve uma variação negativa de 5% no comparativo 2015/2104, em volume. “A boa notícia é que a balança comercial fechou positiva em 2015. Houve queda de 10,9% nas importações contra uma alta de 15% nas exportações. As importações de PE ficaram em 792 mil toneladas e as de PP em 258 mil toneladas.”
A principal resina utilizada pela indústria de embalagens flexíveis continua sendo o PEBDL (polietileno linear de baixa densidade), com um market share de 45%, seguida por PEBD (polietileno de baixa densidade) com 27% de participação, PP com 16% e PEAD (polietileno de alta densidade) com 11%.
A balança comercial da indústria de embalagens plásticas flexíveis fechou positiva em 2015. Houve um aumento de 16,4% nas exportações e queda de 22,5% nas importações, em volume. Em valores, as importações caíram 23,6% e as exportações cresceram 1,6%.