A Cromex, empresa brasileira especializada em masterbatches e aditivos para plásticos, foi escolhida pela americana NatureWorks como distribuidora do bioplástico Ingeo para o mercado nacional. Baseado no ácido polilático (PLA), material derivado de fontes vegetais como o milho, o Ingeo é um dos mais conhecidos plásticos “verdes” lançados nos últimos anos. “Nossa colaboração com a NatureWorks agora propicia a convertedores e donos de marcas no Brasil a oportunidade de desenvolver uma gama completa de produtos inovadores com pegada de carbono reduzida”, afirma Celso Ferraz, diretor de distribuição da Cromex.
Segundo a NatureWorks, a produção do Ingeo emite 60% menos gases de efeito estufa e requer 48% menos energia do que a fabricação de plásticos convencionais como o PET. O material também garantiria vantagens de desempenho – um blister do tipo clamshell (concha) feito de Ingeo consumiria entre 20% a 30% menos material do que uma embalagem similar feita de PET.
Outros trunfos do Ingeo numa comparação com os plásticos de origem fóssil, de acordo com a NatureWorks, são a menor volatilidade de preços e o fato de seus derivados serem normalmente biodegradáveis e compostáveis.
Salvador Ortega, gerente de desenvolvimento de mercado na América Latina para a NatureWorks, diz que a Cromex oferecerá no Brasil opções do Ingeo voltados aos processos de termoformagem, extrusão de filmes e injeção. “A Cromex tem pessoal técnico e de vendas experientes, além de uma ampla base de consumidores. Isso nos traz a expectativa de uma expansão de mercado”, diz o executivo.
Nos últimos anos, a Cargill vinha sendo a responsável pela distribuição do Ingeo no mercado nacional. Procurada pela reportagem, a NatureWorks não havia respondido até a publicação desta notícia se a operação será interrompida. A Cargill é uma das donas da NatureWorks, ao lado da PTT Global Chemical, companhia química tailandesa.