Em circular distribuída nesta terça-feira (14/2) a clientes e empresas da cadeia do packaging, a produtora de materiais autoadesivos Flexcoat anunciou sua entrada no mercado de conversão de rótulos e etiquetas autoadesivas. O comunicado deu caráter oficial a uma ação prenunciada já há algum tempo e confirmada em meados de 2011, quando a empresa noticiou a aquisição de máquinas para impressão e acabamento de autoadesivos.
A iniciativa marca o retorno da família Jocionis ao negócio de conversão, quase seis anos após a venda para o grupo canadense CCL Industries, por cerca de 125 milhões de reais, da gráfica de rótulos Prodesmaq – empresa hoje conhecida como CCL Label.
A Flexcoat surgiu em 2005 como apêndice da Prodesmaq. Sediada em Louveira (SP), a empresa possui duas laminadoras de alta capacidade, ambas fabricadas pela empresa suíça BMB (Bachofen + Meier AG). Na nova divisão de conversão, a empresa está equipada com duas impressoras da também helvética Gallus: uma flexográfica UV com serigrafia e acabamento em linha, e uma offset combinada com estações de flexografia, serigrafia e aplicação de hot-stamping.
Confira abaixo trecho do anúncio divulgado ontem pela Flexcoat:
“Há cerca de um ano e meio, iniciamos o planejamento para retornar ao mercado de conversão, e agora atingimos esse objetivo com a finalização da área fabril e início do fornecimento de nosso produto já convertido ao mercado.
Percebemos que isso gerou desconforto junto aos nossos clientes convertedores, o que é compreensível, porém não justificado, uma vez que o objetivo da retomada desse negócio nunca foi competir no mesmo mercado em que a maioria dos nossos clientes atua.
Durante todos esses anos em que a Flexcoat trabalha como fornecedora de produtos laminados, pudemos viver a dificuldade de homologar nossa matéria-prima nos usuários finais em função dos acordos feitos entre grandes laminadores e grandes convertedores.
A decisão de voltar ao segmento de conversão tem como único objetivo viabilizar a entrada da nossa matéria-prima nos mais diversos usuários finais. Queremos, com isto, quebrar barreiras e preparar o mercado para que, num futuro próximo, os nossos clientes, jovens convertedores, tenham condições técnicas e comerciais para acessar o pedaço do mercado que, até hoje, é monopolizado pelo velho e retrógrado.
Para que nosso projeto aconteça, colocamos à sua disposição toda nossa estrutura de conversão, processos administrativos, produção de clichês e chapas de impressão e a impressão em si, nos mais variados processos, com o intuito de dividir tudo o que aprendemos ao longo de quase quarenta anos de trabalho.”