A Natura está entrando no segmento de dermocosméticos com o relançamento da linha Chronos, em um movimento de “premiunização” para explorar um dos nichos mais aquecidos da indústria da beleza.
Criada há 39 anos, a linha de cuidados para o rosto foi rebatizada de Chronos Derma. Embora a categoria “dermocosméticos” não seja definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Natura decidiu posicionar a nova linha entre os cosméticos com atributos de saúde devido ao aumento de bioativos e dermoativos entre os ingredientes, na comparação com os produtos Chronos do passado.
“Refletimos para entender se teríamos as credenciais para definir nosso portfólio como dermocosméticos. Mas temos mais de 140 patentes dentro do segmento de tecnologias de cuidados para o rosto, aumentamos a concentração de ingredientes ativos e pesquisamos a eficácia dos novos produtos”, explica Liliane Lima, diretora global de Core Beauty da Natura. “A comunicação também passa a focar no lado científico da linha Chronos.”
De acordo com a companhia, os produtos da linha Chronos Derma foram testados em mais de 30 mil mulheres.
A Natura prevê o lançamento de 52 produtos da Chronos Derma até o fim deste ano. Uma das novidades no portfólio é um creme para mulheres com mais de 80 anos. O lançamento tem sido gradual, e os produtos começaram a ser distribuídos no fim de fevereiro. O objetivo é vender a nova linha nos mercados em que atua na América Latina.
“A chegada aos dermocosméticos é um passo que faz sentido dentro da evolução do nosso portfólio, mas também explora a oportunidade de uma tendência de consumo. Embora o mercado de cuidados para o rosto da América Latina seja menos maduro que o dos Estados Unidos e o da Ásia, estamos em plena expansão. Um dos fatores foi a pandemia, quando as mulheres se viram frente a frente com a tela o tempo todo. Isso despertou um interesse que estava latente” ressalta Liliane.