A BO Packaging Brasil, produtora de copos e potes, lançou, em 2019, o primeiro programa de logística reversa para copos de papel do Brasil como parte de seus objetivos de sustentabilidade. Chamado Ciclobom, em apenas três anos o programa tem desviado do aterro mais de 1 milhão de copos de papel, e tem se posicionado como uma referência em projetos colaborativos, conseguindo unir os distintos atores da cadeia em prol de dar circularidade aos seus produtos. É assim que a iniciativa tem conseguido congregar os principais produtores de papel, como a Suzano, e as maiores redes de alimentação, como o Burger King, além da Green Mining, pioneira em logística reversa inteligente.
O projeto é realizado com a implantação de coletores, identificados com a marca Ciclobom, em pontos de alto consumo, como cafeterias e restaurantes. Assim, os clientes podem descartar os copos de papel após o consumo e fazer parte ativa do ciclo sustentável. Após esse descarte, a Green Mining faz a conexão das lojas com o HUB de concentração por meio da coleta e rastreabilidade do material, que é pesado e registrado em sua plataforma baseada em tecnologia blockchain. Todas as embalagens pós-consumo são encaminhadas para a reciclagem e convertidas em novas matérias-primas.
O diretor da BO Packaging, Felipe Domenech, conta que o programa Ciclobom nasceu com os objetivos de sustentabilidade da companhia. “O Ciclobom é o único programa de reciclagem de copos na América Latina, e temos certeza de que este projeto crescerá cada dia mais. Acreditamos que, com a adesão de grandes players como o Burger King, motivaremos outras grandes empresas que desejam fazer a diferença para o meio ambiente e evoluir as suas marcas para um novo patamar”, destaca. Felipe explica que, atualmente, uma porcentagem muito baixa dos copos de papel são destinados à reciclagem. “Diante disso, convidamos o todos a unir-se nesta inciativa e, assim, diminuir o acúmulo de lixo, conseguindo reciclar e reutilizar os recursos em prol do planeta” reforça Domenech.
De acordo com Rodrigo Oliveira, presidente da Green Mining, a logística reversa tem espaço para muitas soluções dentro e fora do país e a expansão desse projeto mostra o quanto a cooperação e a evolução tecnológica são aliadas do meio ambiente. “A tecnologia utilizada para proporcionar eficiência em iniciativas sustentáveis permite que ações concretas e contínuas sejam implantadas e multiplicadas. Estamos fazendo logística reversa de verdade”, afirma o executivo.
“Como uma empresa que tem sua operação desenvolvida a partir de uma matéria-prima renovável, reciclável e biodegradável, nós temos como premissa estabelecer parcerias que tenham valores semelhantes aos nossos e que nos ajudem a construir um futuro melhor”, diz Fabio Almeida, diretor executivo de Papel e Embalagens da Suzano.