Digitalização na indústria de alimentos aumenta ganhos em produtividade

Por Leonardo Kishi*

Artigo publicado na revista EM+ número 1 (maio-junho 2017). Para assinar, clique AQUI

* Leonardo Kishi é gerente na robótica para linha de packaging da ABB Brasil. Formado em Engenharia Elétrica pela PUC-SP, possui MBA em Gestão de Negócios e Projetos e trabalha há 15 anos na multinacional suíço-sueca

* Leonardo Kishi é gerente de robótica para linha de packaging da ABB Brasil. Formado em Engenharia Elétrica pela PUC-SP, possui MBA em Gestão de Negócios e Projetos e trabalha há 15 anos na multinacional suíço-sueca

As tecnologias digitais e a conectividade estão mudando o mundo, a forma com que nos comunicamos, modelos de negócio e o comportamento dos consumidores. Com os processos de fabricação a transformação não poderia ser diferente. De acordo com o relatório anual da ABB, teremos na indústria 26 bilhões de equipamentos conectados até 2020 e cerca de 2,6 milhões de robôs industriais até 2019. A Indústria 4.0, que consiste na integração de equipamentos e robôs à Internet das Coisas, abre possibilidades antes jamais imaginadas pelas gerações anteriores e permite a flexibilização do ambiente fabril a fim de que as empresas acompanhem e se adequem à tendência de customização na produção.

O aumento do número de pessoas que moram sozinhas no Brasil indica que a tendência da personalização das produções industriais chegou para ficar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre 2005 e 2015, o número aumentou de 10,4% para 14,6%. Aliado a isso, a expectativa é termos 63% da população mundial vivendo em áreas urbanas até 2015. Tudo isso torna ainda maiores as necessidades por alimentos processados e embalados, mudando os desafios e alterando completamente os processos de embalagem e paletização.

Para atender essa crescente demanda, a automação robótica é a solução, agregando valor ao segmento de embalagens na indústria de alimentos. Com a entrada da digitalização nos setores industriais, ou a Quarta Revolução Industrial, os processos deixarão de ser mecânicos, estáticos, sendo substituídos por robôs, que são facilmente programáveis para atender às diversas necessidades de fabricantes e consumidores. Um robô pode ser programado para uma aplicação diferente em ambiente virtual e pronto para um novo produto em algumas horas , ampliando as possibilidades das fábricas e acelerando o lançamento de novos produtos no mercado.

Neste cenário ainda podemos incluir a questão da competitividade na indústria de alimentos e bebidas. Para obter ganhos em produtividade e eficiência a adoção de tecnologias de ponta é mais que urgente para garantir a sustentabilidade do negócio. Somado a isso, temos as possibilidades da automação logística, que permite as empresas embalar e entregar pedidos com cada vez mais agilidade e variedade de produtos aos consumidores. O comissionamento virtual de robôs permite aos gerentes de plantas e engenheiros de produção assegurar processos eficientes e eficazes.

 

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